
Fotos de felicidade, casais apaixonados, carros e mais carros, conquistas, filhos em situações ridículas e constrangedoras, infantilidade diante da política, racismo, indiretas, diretas, falta de noção, vazio!!!
A evolução tecnológica permitiu que conquistássemos muitas coisas. Ganhamos tempo, afinal podemos realizar reuniões, poupando o tempo que perderíamos no trânsito. Podemos conversar com amigos ou familiares que estão longe e que antes só o telefone permitia que estivéssemos juntos.
Mas também tem havido muitos exageros, exposições desnecessárias e até mentirosas.
Essas contradições são claras nos posts. Mulheres pedem respeito, mas se expõem das formas mais bizarras em fotos de todos os ângulos.
Fotos de crianças nas mais diferentes situações, lares expostos – sim, o ‘sagrado – dado de bandeja a quem não tem respeito e pisa em cima do que é para ser santo, a vida acontece dentro de um computador, tablet, telefone.
Quando nos escondemos atrás de uma ‘máquina’ a vida perdeu a graça, o tesão, mas é como buscar maçã em pé de banana, nunca iremos encontrar. Horas e mais horas desperdiçadas. Pergunto: Qual a função dessa pessoa – hoje – no mundo? Um inútil julgador.
Porque as redes sociais lhes dão esse poder de ‘juízes’ – imbecis, mas juízes. Mas será que viemos para sermos inúteis? Até fruta podre é jogada no lixo, inclusive para não estragar as outras.
Somos muito mais que isso, e nosso ‘trabalho’ aqui tem que ser justificado. Senão está na hora de irmos para o ‘lixo’. Se olharmos para fora desses aparelhos existe vida – novidade para muita gente – oportunidades – vestidas de problemas – que nos esperam.
Realizações, evolução.
As redes sociais viraram um ‘deus’ para essas pessoas a procura da felicidade fácil. A autoajuda barata, em tentar acreditar – se enganar – que ‘somos felizes’, por isso nos exibimos.
Angústias jogadas em ‘lugares errados’, conversas de quatro paredes em ‘outdoors’, um abismo puxando o outro. Como uma droga, nos afundamos a cada dia em busca do preenchimento, mas no lugar errado.
E, só cabe a nós esse stop, e a coragem de ir para o lugar certo.
Mas, quem tem essa coragem? Tem que ter ‘culhão’, muitas vezes, de ouvir o que nem sempre é agradável. A verdade não está no comodismo está no trabalho, nas palavras que muitas vezes não queremos ouvir, na realidade que nem sempre é bonita. Que haja a cada dia mais pessoas reais e não virtuais. Pessoas de verdade com coragem de mostrar – não em redes sociais e sim através dos frutos – o que são, e não uma mentira de felicidade fajuta, que saibam que o sagrado não é para mostrar para quem não merece, que respeitem e entendam que os nossos filhos, não são nossos e sim emprestados. Que uma relação exposta na internet está minando ou já acabou, Que a vida é muito melhor e só acontece na realidade.
Nurya Ribeiro