Ondas de pessimismo vem dando o tom – errado – na vida das pessoas.

Do mesmo jeito que a comida é essencial para nos manter vivos, a alimentação espiritual é igualmente importante. Vivemos na era do junk food, queremos tudo rápido, congelado e instantâneo. Justificamos que não temos tempo, que é mais ‘gostoso’ – graças aos venenos velados -, e barato.

No fundo sabemos que isso é ‘auto sabotagem’. O ato de cozinhar requer paciência, afeto, e quem sabe aprender um jeito novo para o alimento – que talvez não seja tão saboroso, então preciso dar um toque especial para ‘aprender’ a gostar, trocar um alimento pelo outro e por aí vai -, aprimorar o paladar porque sabemos que tal alimento nos fará bem e etc. A cultura do ‘alimentar se bem’ é nova. Provoca desavenças- muitas vezes-, mas aqueles que querem descobrir o que realmente ‘lhe cai bem’, vai atrás e acha! E tudo isso exigi um esforço. Depois que aprendemos algo verdadeiro, é quase impossível ‘fecharmos os olhos’. Uma coisa, puxa a outra e a transformação acontece. Quem transformou seu hábito alimentar, entende o valor dessa mudança e começa a escolher com sabedoria os alimentos. Não, não estou falando que a pessoa tem que virar um E.T.

Mas entender que temos a obrigação de cuidarmos do nosso corpo. A parte espiritual é igual. Vivemos em uma era que a maioria desacreditou no ser humano, ouvimos que não tem mais jeito. Histórias de mortes são compartilhadas em redes sociais, dando o veredito que ‘estamos perdidos’. Me pergunto de que essas pessoas se ‘alimentam’? De jornais que ‘pingam sangue’? Qual a conversa na mesa de jantar? ‘Tá difícil, fulano morreu de tal doença e etc?’ Qual a solução? Muitos perguntam. Para a maioria está onde eles não estão agora. Provavelmente, em outro emprego, casa, país. Que triste ouvir isso. Crianças estão crescendo achando que não há mais jeito. A mensagem subliminar: ‘Para que me ‘movimentar’, se a ‘sentença’ já foi dada? ‘Com o que você alimenta sua alma? Com desgraças? Mais uma vez digo, não estou falando para você virar um alienado, e não saber o que acontece , mas para você ser responsável com qual comida sua alma será saciada.

Como nosso corpo, nossa alma sente fome. Uns a alimentam com leituras boas, proximidade com a natureza, com rezas e buscas para saber o por que estão aqui, sua finalidade de vida e etc. Outras com fofocas, invejas, horas perdidas em redes sociais, julgamentos que voltarão para si o mais rápido possível, com coisas que no fundo sabemos que não agregam em nada. Mas a fome da alma, se manifesta de formas diferentes, assim como só alguns exames mostram falta de vitaminas em nosso corpo, a alma mostra com o passar dos anos ‘buracos’ onde o alimento adequado não foi o consumido para supri lo. E, como estão ‘famintas’ de algo que nunca receberam, uma hora a debilidade da alma se manifesta… É aquela pessoa que por alguma decepção procurou as drogas para preencher o vazio, pessoas que por alguma necessidade fica horas a fio olhando o celular -porque a vida do outro é ‘muito mais legal, depressões sem motivos, pessoas que comem sem parar e engordam porque é o único prazer que sentem, relacionamentos abusivos, automutilação, explosões, doenças e etc.

Temos que tomar muito cuidado com aquilo que nos mantém vivo. Nossa alma precisa de uma alimentação correta. E, precisamos muito mais do que qualquer atividade, ensinar as crianças como elas alimentam a si mesmas. Hoje em dia temos tudo disponível de forma fácil, isso é bom, mas exige de nos um autocontrole, para ‘separar o joio do trigo’. Há coisas, que não é para nós, e ponto. E, tem outras que precisamos ‘consumir’ com moderação. Se temos o privilegio de escolha, que a sua seja usada com sabedoria, respeito para o seu bem e de todos a sua volta. Temos a obrigação de ‘corrigir’ o mundo com atos que- por osmose – invada a todos com esperança, amor e bom senso.

Nurya Ribeiro

 

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